Como escolher a caixa de inspeção para o solo?

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Seja muito bem-vindo ao nosso TELCast! Eu sou Nikolas Lemos e hoje daremos as dicas essenciais para escolher o modelo correto de uma caixa de inspeção para o solo.

Segundo a NBR 5419-3:2015, no item 5.5.3, todas as conexões mecânicas de pressão embutidas, também chamadas de não permanentes, devem ser providas de caixas de inspeção. O objetivo dessa recomendação é proporcionar fácil acesso à realização dos ensaios obrigatórios.

Isso quer dizer que cada conector mecânico que possua um parafuso e/ou porca deve ser instalado de tal maneira que seja possível visualizá-lo e manuseá-lo sem dificuldades. Essa regra, entretanto, não se aplica aos conectores embutidos dentro do concreto, já que nessa condição eles não necessitam de manutenção e nem é possível realizar a sua desmontagem.

As caixas de junção, também chamadas de poços ou caixas de inspeção, normalmente são do tipo solo, ou seja, formadas por um corpo cilíndrico e uma tampa, que permitem que verifiquemos periodicamente se as conexões entre cabos e hastes de aterramento estão em bom estado, sem oxidação ou afrouxamentos.

Embora a norma cite a necessidade de utilização dessas caixas, não faz nenhuma exigência quanto às suas medidas ou materiais apropriados. Em tese, somos livres para escolher qualquer modelo que satisfaça as necessidades do projeto e do cliente.

Mesmo não existindo nenhuma restrição, é recomendável que as caixas possuam no mínimo 250 mm de diâmetro, para permitir que uma chave de boca possa ser manuseada internamente. Assim será possível reparar ou remover conectores que já não tenham mais capacidade de atender aos requisitos do sistema.

Os materiais que compõem as caixas e o comprimento delas seguem os mesmos conceitos de seleção. Se a malha de aterramento for instalada em locais onde o solo é menos estável, como terrenos arenosos ou argilosos, é recomendável a utilização de caixas construídas a partir de materiais reforçados, como fibrocimento ou cerâmica, com o maior comprimento possível. Isso se deve ao fato de que elas terão maior suportabilidade às movimentações naturais do solo, sem sofrerem danos ou comprometerem a conexão. Nos demais tipos de terreno, o uso de caixas de PVC ou Polipropileno é mais recomendado, já que o custo é bem inferior aos demais modelos e, devido a baixa movimentação do solo, as chances de danos são bem menores.

Tão importante quanto as caixas são suas tampas, que ficarão expostas na superfície, podendo sofrer carga de pessoas, animais ou veículos. Por essa razão, é preciso que a capacidade de carga da tampa seja adequada à sua aplicação. Em locais onde não haverá o tráfego de pessoas e veículos como jardins, por exemplo, uma tampa que suporte até 100 kg, como a Tel 551, é suficiente. Já nas calçadas, entradas de garagens e etc, é necessário utilizar uma tampa reforçada, que suporte no mínimo uma carga de 300 kg, como a Tel 536. Além destas questões, é recomendável que o corpo da caixa seja assentado sob o concreto, para evitar que afunde com o tempo.

Por essas e outras razões é que o uso da solda exotérmica, quando permitido, acaba sendo vantajoso, principalmente, quando existem muitas conexões a serem feitas no aterramento. Você pode conferir um pouco mais sobre esse tema ouvindo o episódio 6 do nosso TELCast.